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terça-feira, 8 de março de 2011

"De onde viemos? Aonde vamos?
Viajemos e compreendamos o nosso destino (...)
Na era dos computadores, temos mais idéias e sonhos.
Agora estamos diante do desafio do amanhã.
Com o aumento do conhecimento e da tecnologia,
Nós mudamos as nossas vidas e os nossos mundos.
Dos confins do espaço às profundezas do mar,
Nós construimos numa vasta rede electrónica (...)"
(Pierre Badin)

8 comentários:

  1. Para onde vamos, não será fácil dizer. Todavia:
    "Nós estamos mentalmente formatados para uma visão evolucionista do progresso da humanidade, visão que herdámos do Ilusionismo e que foi reforçada pelo Marxismo, para quem a humanidade, comandada pela Razão e equipada com a Tecnologia, se move da sobrevivência das sociedades rurais, passando pela sociedade industrial, e finalmente para uma sociedade pós-industrial/da informação/do conhecimento (a montanha esplendorosa onde o Homo Sapiens vai, finalmente,realizar o seu estado dignificante). Porém, mesmo um olhar superficial sobre a história desafia este conto de fadas do progresso humano: os Holocaustos Nazi e Estalinista são testemunhos do potencial destrutivo da Era Industrial, e as maravilhas da revolução tecnológica coexistem com o processo auto-destrutivo do Global Warming e com o ressurgir da epidemias à escala do planeta"

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  2. Continuando,
    A questão não é como chegar à sociedade em rede, um auto-proclamado estádio superior do desenvolvimento humano. A questão é reconhecer os contornos do nosso novo terreno histórico, ou seja, o mundo em que vivemos. Só então será possível identificar os meios através dos quais, sociedades específicas,em contextos específicos, podem atingir os seus objectivos e realizar os seus valores, fazendo uso das novas oportunidades geradas pela mais extraordinária revolução tecnológica da humanidade, que é capaz de transformar as nossa capacidades de comunicação, que permite alterar os nossos códigos de vida, que nos fornece as ferramentas para realmente controlarmos as nossas próprias condições,com odo o seu potencial destrutivo e todas as implicações da sua capacidade criativa...

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  3. E ainda,
    E por isso que difundir a Internet ou colocar mais computadores nas escolas, por si só, não constituem necessariamente grandes mudanças sociais. Isso depende de onde, por quem e para quê são usadas as tecnologias de comunicação e informação.O que nós sabemos é que esse paradigma tecnológico tem capacidades de "performance" superiores em relação aos anteriores sistemas tecnológicos. Mas para saber utilizá-lo no melhor do seu potencial e de acordo com os projectos e as decisões de cada sociedade, precisamos de conhecer a dinâmica, os constrangimentos e as possibilidades desta nova estrutura social que lhe está associada: A SOCIEDADE EM REDE

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  4. Uma achega,
    A sociedade em rede não é a sociedade emergente da Era da Informação: ela já configura o núcleo das nossas sociedades. Existe já um considerável corpo de conhecimentos recolhidos na última década (em todo o planeta), sobre as dimensões fundamentais da sociedade em rede, incluindo estudos que demonstram a existência de factores comuns do seu núcleo que atravessam culturas, assim como diferenças culturais e institucionais da sociedade em rede, em vários contextos.

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  5. Bom, estamos a falar de coisas com interesse.
    Gostaria de reforçar:
    Os intelectuais tradicionais, cada vez mais incapazes de compreender o mundo em que vivem,e aqueles que estão minados no seu papel público, são, particularmente críticos à chegada de um novo ambiente tecnológico, sem na verdade não conhecerem muito bem os processos sobre os quais elaboram discursos.No seu ponto de vista,as novas tecnologias destroem empregos, a Internet isola,nós sofremos de excesso de informação, a info-exclusão aumenta a exclusão social, o Big Brother aumenta a sua vigilância, o desenvolvimento tecnológico é controlado pelos militares, o tempo das nossas vidas é persistentemente acelerado pela tecnolgia, a biotecnologia leva à clonagem humana e aos maiores desastres ambientais, as crianças são cada vez mais ignorantes porque estão sempre a conversar e a trocar mensagens em vez de lerem livros, ninguém sabe quem é quem na Internet, a eficiência do trabalho é sustentada em tecnologia que não depende da experiência humana, o crime e a violência, e até mesmo o terrorismo usam a Internet como medium priviligiado. Segundo eles, estamos alienados pela tecnologia...

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  6. bem interessante. Mas, eu poderei reverter, para o lado oposto, tudo o que o seguidor Carlos escreveu, dizendo:
    e entraremos no paraiso da realização e da criatividade plena so ser humano, induzidas pelas maravilhas da tecnologia, na versão em espelho da mesma mitologia, desta vez propagada por consultores e futurologistas, muitas vezes em representação de um dado papel para empresas de tecnologia.

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  7. mais,
    Apesar de tudo, nós conhecemos, embora com muitas falhas, os contornos da sociedade em rede.
    E existe, de facto, um grande hiato entre conhecimento e consciência pública, medida pelo sistema de comunicação e pelo processamento da informação dentro das nossas "molduras" mentais.

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  8. Boa tarde. Obrigado Galo pelo convite.
    Estou a gostar e, como sempre, a aprender.
    Vou preparar-me para contribuir.

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